segunda-feira, 10 de maio de 2021

 


Acabei de ler o livro "Relatos de uma vida", de Nerina Herzog
“Relatos de uma vida”, espécie de diário em que Nerina registra tudo o que possa ser importante e, principalmente: que não deve ser esquecido.
É incrível como em seu livro abrange tanto amor e recordação. Abraços em forma de fragrância que nos transportam para o aconchego de um tempo como um filme. A escrita é suave, sem mágoas dos tempos em que viveu nas montanhas de Alpago, em Belluno, em plena Segunda Guerra Mundial. Nos tempos em que era obrigada a cantar a “Giovinezza”: - “Juventude, juventude, Primavera de beleza, No fascismo é a salvação, De nossa liberdade”.
Mas, Nerina não se quedou! Escreveu poemas, retratou seu tempo em desenhos! Os famosos scarpèt de mamãe Santa, são icônicos. Exemplo de como devemos sobreviver nas desventuras. Hoje, Nerina aos 85 anos, sem amarguras, pegou a calda do fio da saudade e escreveu: - Aos meus queridos e amados: Veronica e Giovanni; Giuseppina, Luigi, Vittoria, Isidoro e muitos outros, que moram na parede de sua memória.
Por aqui fico! Pois, teria que escrever um livro sobre seus relatos e para agradecer Nerina pela dedicatória: “ Ao meu novo e caro amigo com estima agradeço pela gentileza.
Um abraço
. Nerina. Vila Velha, abril de 2021.
Finalmente e merecidamente, Nerina Herzog, foi e será sempre, a nossa “Pietà do Convento da Penha”, tão bem esculpida por Carlo Crepaz.
Uma dica: A quem guarda com carinho, lembranças vivas e vividas, não deixem de ler “Relatos de uma vida”.


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