Oscarina
Cruz Guimarães, filha de Antenor Guimarães, nasceu em 16 de agosto de 1893 e
viveu seus breves anos na Rua 23 de Maio, em frente ao bucólico Parque Moscoso,
no coração de Vitória. Sua infância e juventude foram moldadas pelo conforto
material proporcionado por sua família, mas, infelizmente, a saúde frágil a
acompanhou desde cedo. Aos 21 anos, com a esperança de recuperação, foi enviada
à cidade de São José dos Campos SP) para tratar da tuberculose, a grande
epidemia da época. Contudo, no dia 13 de agosto de 1915, poucos dias antes de
completar 22 anos, Oscarina sucumbiu à enfermidade, deixando em sua curta
trajetória um rastro de saudade e histórias.
No
dia de seu enterro, o cortejo reuniu familiares, amigos e vizinhos, todos
unidos pela dor da perda. Entre os presentes, uma figura silenciosa e comovente
chamou a atenção: o fiel cachorro de Oscarina. O animal, companheiro
inseparável, permaneceu ao lado do túmulo mesmo após a dispersão dos presentes,
como se guardasse a jovem de uma maneira que só os laços do amor incondicional
permitem. Por anos, ele continuou ali, até que também foi vencido pela morte.
Sensibilizada pelo vínculo entre os dois, a mãe de Oscarina determinou que o
cachorro fosse enterrado junto à filha, e, em sua memória, mandou esculpir sua
figura sobre a sepultura.
Hoje,
o túmulo é mais do que um local de descanso eterno; é um testemunho de amor e
fidelidade, marcado pela cruz no topo e pela escultura do cachorro que repousa
sobre ele. Essa história de lealdade comove quem por ali passa, sendo um
lembrete de que mesmo em uma vida breve pode haver profundos e eternos
significados.
Em
homenagem à memória de sua filha, o pai de Oscarina deu um nome especial à casa
onde a jovem viveu seus dias de alegria e desafios. Na fachada, gravou-se para
sempre as palavras “Villa Oscarina”, um tributo à jovem que, apesar do pouco
tempo, deixou marcas de amor e lembrança imortal.
Linda história!
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