Por Michel Dal Col
O menino não é Jesus Cristo, como costumeiramente se pensa. Trata-se do
filho de um casal italiano chamado Eleonora e Aurélio D. Ferro, uma família que
viveu na segunda metade do século XVI. Certa vez, visitaram ao Frei Benedito,
no Convento de Santa Maria de Jesus, na cidade de Palermo. Logo que saíram, em
retorno para casa, ocorreu um grave acidente com a carruagem e a criança de
colo acabou morrendo. Os frades foram socorrê-los. Junto estava Frei Benedito,
que pela fé tomou o menino no colo e disse para a mãe: “Não duvide minha
filha”. Em seguida, Benedito colocou a mão na testa da criança e orou, clamando
por um milagre de amor do Pai Celestial. Após rezar, passou a criança para a
mãe e disse: “A senhora já pode amamentar o seu filhinho!” Imediatamente, a mãe
disse que seu filho havia morrido. São Benedito confirmou que era para D.
Eleonora amamentar o menininho. A benção ocorreu, e o bebezinho abriu os olhos
e bebeu o leite da mãe.
Conta a memória do evento que a mãe caiu de joelhos e com muito júbilo
agradeceu aos céus. É possível imaginar que diante de algo tão
surpreendentemente alegre e de plena bondade não haveria outra reação que não a
gratidão suprema, a alegria jubilosa, a criação do respeito e da alegria com a
pessoa do humilde servo de Cristo, Benedito, um filho de escravos negros que
dedicou a vida ao serviço de Deus na vida religiosa do século XVI.
É possível asseverar que as festas populares como a da Serra surgem de
fatos assim. A imagem de São Benedito tremula nos estandartes do congo, nas
mentes dos devotos e na bandeira do mastro que já faz quase dois séculos que
fica por vários meses hasteada em frente a Igreja Matriz da Serra. No domingo
de Páscoa, dia da celebração da ressurreição de Jesus Cristo, com muita alegria
o povo da Serra retirou o mastro do santo negro finalizando um ciclo e dando
início a espera de um novo.
Quando os festeiros levantarem mais uma vez o mastro na Serra, que todos
saibam que aquele menino que São Benedito traz nos braços, conforme conta a
memória da Igreja, foi uma obra grandiosa que o Deus todo poderoso realizou
mediante a oração de um de seus servos na história. História digna de
Escrituras Sagradas, não!?
O autor é mestre em história e membro da ALEAS e IHGES
SÃO BENEDITO É REALMENTE UM SERVO FIEL DE DEUS, POIS A CRIANÇA EM SEUS BRAÇOS JÁ ESTAVA MORTA E ELE PEDIU A DEUS TODO PODEROSO QUE FEZ A CRIANÇA REVIVER!
ResponderExcluirMuito interessante!
ResponderExcluirTem lógica!
ResponderExcluirGostei da explicação!
ResponderExcluirFaz sentido!
ResponderExcluirParabéns ao pesquisador!
ResponderExcluir