Em vida não há um retrato de Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o
Tiradentes. A primeira imagem dele é datada de 1889, sendo certo que os
pintores não tinham como o retratar a época, se criou um “personagem”.
Utilizaram então os republicanos uma imagem semelhante a de Jesus
Cristo, ou seja, homem de longa barba e cabelos. Em 1889, foi encomendado ao renomado artista
André Delpino (1864-1942) o trabalho de se pintar a imagem oficial de
Tiradentes. Então, Delpino desenhou uma imagem de perfil do mártir da
Inconfidência, ainda usando o "laço da morte" envolta do seu pescoço.
Mas o retrato não condiz com a verdade. A história é outra. Como
Tiradentes serviu no exército, era alferes, ele não poderia ter os cabelos e a
barba longos, no máximo um bigode. Na prisão, era comum os presos terem as
cabeças raspadas ou cabelos curtos e a barba feita, para se evitar problemas
com piolhos, comum em muitas prisões antigas, pois os presos não tinham o
direito de tomar banho com frequência, e para se evitar a proliferação de piolhos,
tinham os cabelos e a barba aparados. Enfim, o Tiradentes com cabelos longos e
barba, parecido com Jesus, era uma forma de se reforçar sua mitificação de
"bom homem". Por outro lado, ele lutou pela Independência de Minas e
não do Brasil. Já o dia 22 de abril,
esquecido nos anais da história leva a assinatura de Pero Vaz de Caminha.
(Descobrimento do Brasil).
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