MOHAMMED AZIZ é dono de uma livraria em Rabat, capital do Marrocos. A
taxa de analfabetismo do país ainda é alta. Trabalha 12 horas por dia, vendendo
em média um ou dois livros. Uma história muito bonita de como um homem devoto
por educação perdida traz literatura há décadas para Rabat – Marrocos.
Órfão aos seis anos, Aziz procurou encontrar uma forma de realizar seu
sonho, terminar o ensino médio. Aos 15 anos, Aziz acordou para a realidade de
que não conseguiria terminar seus estudos, pois, os livros eram muito caros.
Entristecido e sem diploma, começou a carreira de livreiro há mais de meio
século.
“É assim que me vingo da minha infância, da minha situação, da minha
pobreza”, diz Aziz. Aziz é o livreiro mais antigo da Medina-Rabat
(cidade velha).
Durante os 55 anos em que Aziz vende livros, a taxa de analfabetismo no
Marrocos caiu de 87% em 1960 para 32% em 2014.
Cerca de três em cada dez marroquinos ainda não conseguem apreciar seus
livros ou qualquer outro livro porque não sabem ler. Aziz atribui a baixa taxa
de alfabetização do país ao percentual de alunos que, como ele, não terminam os
estudos e precisam sair para ganhar a vida.
De acordo com a USAID, apenas 53% dos alunos matriculados no ensino
médio continuam no ensino médio. “Esse problema não é novo”, disse Aziz.
“Aconteceu comigo há 50 anos e está acontecendo agora.”
A Livraria de Aziz tornou-se uma espécie de celeiro para pessoas de todo
o Marrocos e do mundo. Muitos deles, como aqueles estudantes de verão, deixaram
seus livros usados na loja. Ao se envolver com os doadores em longas
conversas e depois ler suas doações. O livreiro nos conta que aprendeu sozinho
árabe, francês e espanhol. Fornecer livros em todas as línguas do Marrocos é um
sonho que Aziz espera um dia realizar, desde que ele tenha algumas horas com os
livros primeiro.
“Minha vida gira em torno da leitura”. "Estarei aqui até que
todos possam ler. Já li mais de 4.000 livros, então fala com orgulho que viveu
mais de 4.000 vidas. Todos deveriam ter essa chance." Disse: o
livreiro Aziz.
Quando
questionado sobre o facto de deixar os seus livros sem vigilância no exterior,
onde poderiam ser potencialmente roubados, respondeu: “que quem não sabe ler
não rouba livros, e quem sabe, não é ladrão.”
FONTE:
readerupdated.com
Que exemplo de vida!
ResponderExcluirQuem existam mais Aziz!
ResponderExcluirQue sirva de exemplo a todos nós. O mundo carece de leitura.
ResponderExcluirQue história!
ResponderExcluirPrecisamos de muitos como esse senhor.
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