quarta-feira, 30 de julho de 2025

Padre Vieira Antônio Vieira - O bom ladrão à luz dos tempos moderno



Neste livro provocador e profundamente atual, *Padre Antônio Vieira* é ressuscitado em espírito e verbo para confrontar os escândalos do mundo contemporâneo com a lâmina cortante de sua retórica. Sob o título inspirado no célebre *Sermão do Bom Ladrão*, Vieira revisita os altares e os tribunais dos nossos dias, denunciando com ironia e coragem os novos fariseus, escribas e juízes — agora vestidos de toga, farda ou gravata.
Em crônicas ácidas e diálogos fictícios com padres, políticos e fiéis de todas as cores, Vieira retoma sua missão: separar o ouro do incenso, a fé do teatro, a justiça da aparência. Ele não perdoa os ladrões de almas, os que lavam as mãos em público e sujam os bastidores com corrupção, nem os que usam a cruz como escudo para seus interesses pessoais.
*O Bom Ladrão à Luz dos Tempos Modernos* não é um livro de teologia, mas um espelho. Nele, a palavra do antigo jesuíta ecoa como uma trombeta contra a hipocrisia dos dias de hoje, mostrando que o verdadeiro escândalo não está nas ruas, mas nos altares que traem o Cristo que dizem servir.
Para quem ousa ler com os olhos abertos e a consciência exposta.

terça-feira, 29 de julho de 2025

Oscarina e Vitória - Alma e Coração

Este livro é um tributo ao tempo e ao amor, um romance que desenha com delicadeza a trajetória de Oscarina Guimarães, nascida em Vitória, Espírito Santo, no final do século XIX. Suas páginas nos transportam para uma cidade onde o crepúsculo era acolhido pelo brilho suave dos lampiões de querosene e azeite, cujas luzes tremeluzentes transformavam as ruas em cenários de poesia e mistério.

E então, em sua plenitude juvenil, ela partiu. Um adeus precoce, mas cheio de significados.

Links das Editoras: Clube dos Autores: https://clubedeautores.com.br/livro/oscarina-alma-e-coracao

UICLAP https://loja.uiclap.com/titulo/ua106362/

 

terça-feira, 17 de junho de 2025

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Crônica – “Cálice: um brinde amargo ao silêncio”




Na mesa de um país que já serviu banquetes de esperança, hoje se ergue um cálice amargo, cheio até a borda de silêncio coagulado. A voz pede, em súplica: “Pai, afasta de mim esse cálice”, mas não há pai que ouça — ou se ouve, finge não entender a língua do sangue. O vinho tinto que escorre pelas letras de Chico e Gil não embriaga: envenena. Não é uva, é luto. Não é ritual, é resistência.

O silêncio, esse tirano sem rosto, ainda ronda as esquinas. Tão moderno quanto ontem. Tão perigoso quanto sempre. E o grito, engasgado na garganta do poeta, ecoa em quem ainda ousa sentir. Não é apenas uma canção: é uma confissão pública de cansaço e coragem. Cada verso é um tiro contra a mordaça. Cada rima, uma ferida aberta no peito da História.

É difícil acordar calado quando o pesadelo não termina ao abrir os olhos. E o monstro, sim, ele ainda rasteja por aí — agora com roupa nova e discurso ensaiado. Mas há quem, mesmo atordoado, permaneça atento. E resista. Porque há dias em que cantar é a única maneira de não se calar. E cálice também pode ser escrito assim: cale-se. Mas o Brasil, mesmo sufocado, ainda prefere dizer: cante-se.

 

 


segunda-feira, 16 de junho de 2025

O bêbado, a lua e o Brasil


Caía a tarde como quem desiste, e no meio do cenário, um bêbado — de luto e poesia — fazia reverência à noite. Não por educação, mas por desespero. A lua, senhora dos becos e dos sonhos, mendigava luz às estrelas. E o céu, feito papel sujo, chorava em silêncio.

Ali, no tropicar de um chapéu-coco, estava o retrato do Brasil: um palhaço triste, equilibrando esperança na corda bamba. Um país que sonha com a volta dos que partiram e chora pelos que ficaram. Mas mesmo assim — machucada, cansada — a esperança dança. Porque o show, por amor ou teimosia, tem que continuar.