quinta-feira, 21 de agosto de 2025
quarta-feira, 30 de julho de 2025
Padre Vieira Antônio Vieira - O bom ladrão à luz dos tempos moderno
terça-feira, 29 de julho de 2025
Oscarina e Vitória - Alma e Coração
Este livro é um tributo ao tempo e ao amor, um romance que desenha com delicadeza a trajetória de Oscarina Guimarães, nascida em Vitória, Espírito Santo, no final do século XIX. Suas páginas nos transportam para uma cidade onde o crepúsculo era acolhido pelo brilho suave dos lampiões de querosene e azeite, cujas luzes tremeluzentes transformavam as ruas em cenários de poesia e mistério.
E então, em sua plenitude juvenil, ela partiu. Um adeus precoce, mas cheio de significados.
Links das Editoras: Clube dos Autores: https://clubedeautores.com.br/livro/oscarina-alma-e-coracao
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terça-feira, 17 de junho de 2025
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Crônica – “Cálice: um brinde amargo ao silêncio”
Na
mesa de um país que já serviu banquetes de esperança, hoje se ergue um cálice
amargo, cheio até a borda de silêncio coagulado. A voz pede, em súplica: “Pai,
afasta de mim esse cálice”, mas não há pai que ouça — ou se ouve, finge não
entender a língua do sangue. O vinho tinto que escorre pelas letras de Chico e
Gil não embriaga: envenena. Não é uva, é luto. Não é ritual, é resistência.
O
silêncio, esse tirano sem rosto, ainda ronda as esquinas. Tão moderno quanto
ontem. Tão perigoso quanto sempre. E o grito, engasgado na garganta do poeta,
ecoa em quem ainda ousa sentir. Não é apenas uma canção: é uma confissão
pública de cansaço e coragem. Cada verso é um tiro contra a mordaça. Cada rima,
uma ferida aberta no peito da História.
É
difícil acordar calado quando o pesadelo não termina ao abrir os olhos. E o
monstro, sim, ele ainda rasteja por aí — agora com roupa nova e discurso
ensaiado. Mas há quem, mesmo atordoado, permaneça atento. E resista. Porque há
dias em que cantar é a única maneira de não se calar. E cálice também pode ser
escrito assim: cale-se. Mas o Brasil, mesmo sufocado, ainda prefere dizer:
cante-se.
segunda-feira, 16 de junho de 2025
O bêbado, a lua e o Brasil
Caía
a tarde como quem desiste, e no meio do cenário, um bêbado — de luto e poesia —
fazia reverência à noite. Não por educação, mas por desespero. A lua, senhora
dos becos e dos sonhos, mendigava luz às estrelas. E o céu, feito papel sujo,
chorava em silêncio.
Ali,
no tropicar de um chapéu-coco, estava o retrato do Brasil: um palhaço triste,
equilibrando esperança na corda bamba. Um país que sonha com a volta dos que
partiram e chora pelos que ficaram. Mas mesmo assim — machucada, cansada — a
esperança dança. Porque o show, por amor ou teimosia, tem que continuar.